Ganhei uma coleção de livros, enciclopédias e literaturas, dentre eles toda coleção de Jorge Amado, Machado de Assis e literatura lusitanas. Estou lendo “O Elogio Da loucura” de Erasmo de Roterdã. Na obra a Loucura se personifica, discursa e dá ao leitor um verdadeiro passeio à mitologia grega, ao classicismo helênico e a muitos episódios do mundo antigo que, por razões literárias, têm marcado fortemente o modo de pensar a literatura e a própria cadeia moral, de condutas, de toda uma sociedade.
Coloquei aqui um trecho que achei realmente verdadeiro: p.39.
“Haverá maior loucura que a do homem que se compraz de todos os seus atos, do homem que a si próprio admira? Confessai, no entanto, que a essa loucura é que deveis tudo quando fizestes de belo e de agradável. Sim, sendo o amor-próprio, despidos estarão de prazer, graça e convivência os vossos atos. Uma vez destruído esse doce encanto da vida, não haverá fogo no ato do orador, não haverá delicias nos sons do musico, (...) Donde ser necessário que cada um se acaricie que cada um se elogie, se pretende que para com ele assim procedam aos outros!”